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segunda-feira, 22 de março de 2010

Mundo Gélido


Estava sempre sozinha
Em seu gélido mundo particular
Os muros se estendiam cada vez mais
Os minutos se arrastavam
Como ondas que a puxavam para o fundo
Submergindo, desaparecendo
Esquecendo como se respira, esquecendo como se sente
Uma chuva de pensamentos que não pode controlar
Eles escapam tão fácilmente de suas mãos
Como livres pássaros em rumo da total liberdade
Atingindo todos os seus sentidos
Girando e girando ao vento
O mar, e o céu
Tão diferentes e distantes
Mais ainda assim, abrigam os seres mais livres
São imensos e donos de uma beleza inigualável
Os corajosos que olham de perto
Nunca se esquecem do primeiro mergulho, nem o primeiro vôo
Liberdade, liberdade
Onde se escondes?
Solidão por qual motivo me persegues?
Um mundo surreal
Onde ela vive ninguém pode chegar
Ela é vista ao longe
Escala as grandes montanhas
Corre pelas florestas
Não teme mais a escuridão
Grita em silêncio
Pede socorro
Mas ninguém pode ouvi-la
Pois ninguém pode entrar em seu mundo
Ninguém forte o bastante, nem sensível o bastante
Ninguém paciênte o bastante, nem sonhador o bastante
Apenas as melodias podem acompanhá-la
As mais magestosas e sublimes
Num desenrolar infinito de tons e notas
Tão doces e gentis
Como um beijo imaginado
Então segue só
Em seu mundo, seu gélido mundo.


By: Elaine Paulino

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